Sair de uma relação tem muitos custos. Os custos emocionais e os financeiros. Muitas vezes ouvimos dizer:
Se eu tivesse condições ia-me embora!
Se não fosse o dinheiro eu ia à minha vida!
E não são poucos os casais que se mantém juntos devido a este tipo de compromisso.
Depois há as questões emocionais, o sentimento de fracasso, o sonho que não se conseguiu cumprir, as mudanças que acontecem no pós divórcio e que eram as que gostávamos terem existido ainda juntos.
Como viver esta decisão? Como assumir a separação com paz e sem dúvidas?
Na terapia de casal sinto muitas vezes que os casais vêm às sessões com esperança de que eu consiga mantê-los juntos. De que eu os faça “ressuscitar”, mas isso nem sempre é possível. Aliás, a terapia pode até acentuar a sensação de impossibilidade.
“Nós sentimos que ficamos piores depois das nossas sessões”

Essa sensação resulta do tempo que finalmente tiraram para conversar, para falar de si e do que sentem. No dia a dia sentem que estão “mal” mas raramente conversam sobre isso. Em sessão tudo se torna mais óbvio.
E então surge o receio de ter que tomar decisões…afinal a terapia não serviu de nada…mas serviu, serviu pelo facto de ter esclarecido e ter permitido mostrar caminhos. Caminhos que não eram os desejados e caminhos que não se queria seguir, mas que se tornaram inevitáveis. Existe uma tomada de consciência e ficam a saber o que cada um pensa.
Há dor? Sem dúvida…nenhum caminho o pode evitar, mas estarmos juntos nesta dimensão alivia e torna possível ter esperança.
Fotografia de Helena Almeida
Alexandra Alvarez, a vossa terapeuta de casal. Contacto: 911 846427.