Esta é uma partilha sentida, pois esta criança sentiu-se injustiçada não só porque, sendo rapaz, na sua infância teve que usar umas botas marcadamente femininas, assim como as botas não eram da irmã mas sim da prima!
Ainda assim, continuou a levar as botas para a escola porque não tinha outras, e, reza a história, que encontrou quem o defendesse e zelasse por ele! Um herói e resiliente. Ainda hoje ecoam em si as vozes que o apelidavam, mas vive tranquilo porque na vida tudo passa e as botas da prima também! Ao neto e filho faz a partilha em consulta, todos sorriram, o neto chegou a gargalhar, e espera que também ele encontre um zelador que apazigue aqueles que teimam em atormentá-lo só porque ele nos intervalos gosta de ficar a ler um livro.
Alexandra Alvarez I Terapeuta Familiar, Parental e Conjugal