Quando um casal se separa e tem filhos em comum, o seu papel de mãe e pai continua e manter-se-á pela vida fora.
A presença de ambos é imprescindível ao desenvolvimentos harmonioso dos filhos. Cada um, pai e mãe, terá o seu feitio, as suas regras, a sua forma própria de ser, mas esta diferença também existiria se o casal conjugal se mantivesse. Assim, os filhos aprendem a lidar com essas diferenças de igual forma, porque amam ambos igualmente.
“Quem se separa é o par amoroso, o casal conjugal. O casal parental continuará para sempre com as funções de cuidar, de proteger e de prover as necessidades materiais e afetivas dos filhos… Costumo afirmar que o pior conflito que os filhos podem vivenciar, na situação da separação dos pais, é o conflito de lealdade exclusiva, quando exigida por um ou por ambos os pais.” (Féres-Carneiro, 1998, p.387).

Não cabe aos pais o julgamento um do outro, nem cabe aos pais esperar a lealdade dos filhos em exclusivo apenas a um deles. Os filhos não devem ter que fazer escolhas, pois foram os seus pais que se escolheram para assumir esse papel para consigo, assim, não tendo acontecido nada que justifique o contrário (abandono por um dos pais, maus tratos, negligência, …) é natural e expectável que os filhos gostem de ambos em igualdade de circunstâncias, e como tal sejam leais tanto ao pai como à mãe, não devendo existir interferência dos adultos neste sentimento.
Só assim é possível que o desenvolvimento dos filhos seja harmonioso e equilibrado, porque têm a liberdade de expressar e nutrir os seus sentimentos e emoções.
Alexandra Alvarez, a vossa Terapeuta Familiar e de Casal.