Em família há a tendência de um fazer mais e esforçar-se mais do que os outros para o bem comum, e a pergunta que se impõe é se tal resulta. É esse esforço individual suficiente?
Dificilmente.
A família é composta por todos os eleitos pelo que é o esforço de todos que conta. É bem vindo todo e qualquer esforço, mas sendo de um só não é suficiente.
Muitas vezes quem está nesse papel espera contagiar os “outros” com a sua ação, pensa inspirar, pensa que vai mudar, é mais que pensar,
é acreditar que tal é possível.
Mas na realidade nos não contagiamos ninguém a ser diferente, o SER associa-se às nossas características e nos só mudamos quando somos nos próprios a sentir vontade dessa mudança.
Pensar em esforço é pensar em algo que custa, e de facto a m minha opinião é que não devemos estar em esforço, estar na relação não deve ser esforço, tudo deve fluir, se eu estou em esforço é porque alguém não repara nos meus limites, no que é importante para mim, e então temos outras questões para colocar em ordem.
Assim, a bem de todos, as alternativas que nos restam, caso os nossos pares mantenham as suas características, será aceitar que é assim, e compreender que quando sentimos que estamos “em esforço” esse é um esforço que fomos nós que decidimos ter, não podendo ser usado como moeda de troca, uma vez que não nos foi pedido, fomos nos que sentimos ser necessário fazer e fizemos, de acordo com a nossa forma de ser e estar.
Nós acreditamos que assim seria melhor, mas se os outros não sentem essa necessidade nunca vão perceber o porquê de assim ser melhor, ou até podem ter outra proposta e outro modo de fazer.
Aceitar o que não podemos mudar torna-se fundamental para prosseguirmos em paz e harmonia.
Alexandra Alvarez I A vossa terapeuta familiar e de casal