Podemos considerar a comunicação do casal e o amor como duas variáveis que mais contribuem para um relacionamento conjugal satisfatório, e por consequência para uma maior satisfação sexual.
Assim, quanto menor for a satisfação conjugal, maior a probabilidade de existir insatisfação sexual.
Ou seja, a satisfação sexual não depende apenas de satisfação com fatores relacionados com o sexo, depende de outros fatores na e da relação.
Só procuramos o outro se estivermos satisfeitos com ele no seu todo, no geral. Temos de nos sentir bem com o outro para o procurarmos e querermos estar próximos e íntimos.
A satisfação conjugal é alcançada quando nos sentimos validados pelo nosso par, e quando sentimos que o nosso funcionamento a dois é gratificante, ou seja, sentimo-nos reconhecidos e admirados e sentimos qualidade na nossa relação e no que fazemos e temos em comum.

É este ter em comum que possibilita que exista intimidade emocional e segurança.
É comum que os casais me tragam a “notícia” de que quando se zangam se afastam da intimidade, não fazem sexo, e podem levar vários dias, semanas ou mais, a recuperar esses momentos de entrega e de relação na sexualidade.
“E o que é que a nossa discussão de há duas semanas tem a ver para o não sexo hoje?”
Tem, tem tudo a ver porque as nossas relações se constroem de tudo, e são esse tudo!
Quando algum sente insatisfação na relação acaba por se afastar, por não procurar o outro, e se não se falar sobre isso, corre-se o risco de se caminhar de insatisfação em insatisfação e a sexualidade fica arredada da relação à espera de dias melhores.
A satisfação sexual depende da gratificação que o casal sente na vida diária, no seu quotidiano, e na forma como comunicam sobre as suas emoções.
Alexandra Alvarez, a vossa terapeuta familiar de de casal.