Há muito tempo que não temos um programa a dois. Sentimos essa falta. Precisamos de algo que nos faça sentir próximos.
Coordenamos as nossas agendas, deixamos as crianças nos avós e planeamos um jantar especial em casa. A nossa casa, só para nós, por 24h.
Já não nos recordamos de quando isto aconteceu pela última vez. É um momento importante.
Sentimos que estamos afastados. Sem tema de conversa.
Inicialmente pode acontecer ficarmos em silêncio ou falar sobre a comida e o seu tempero, ou sobre o que um colega disse na reunião de trabalho.
Mas estas conversas não são as que nos interessam, não são as que nos aproximam.
Temos a oportunidade de conversar de verdade, mas podemos não estar à altura da ocasião, não conseguir fazê-lo.
É difícil formular as perguntas que realmente reabrirão os canais de sentimento entre nós e os nossos parceiros. Podemos precisar de um certo nível de artificialidade para chegar ao tipo de conversa que na realidade é importante.
Há perguntas íntimas que facilitam a nossa aproximação:
De que maneiras eu te tenho magoado?
Quando te satisfaço?
Onde te sentes desvalorizado?
Sobre o que gostarias que eu pedisse desculpas?
Como é que eu te decepcionei?
O que precisas de mim?
Estas conversas, conduzidas sem recriminação ou defesa, podem salvar o amor.
São demonstrativas da disponibilidade para escutar e fazer diferente. São demonstrativas de que se quer ultrapassar os temas que são difíceis e que têm trazido mágoa.
É importante esta simplicidade e o genuíno interesse em perceber o que cada um sente.
No dia a dia pode não existir a possibilidade do casal conversar, e sem dúvida que tirar um tempo para um programa a dois é facilitador da aproximação. Longe da rotina. Perto do romance.
Texto adaptado de materiais da School Of Life.
Alexandra Alvarez I Terapeuta Familiar e de Casal I Contacto: 911 846 427