Condescendência e Benevolência

As rotinas da vida diária retiram muita da emoção e espontaneidade da vida e das relações. De repente reparar noutra pessoa que está ao nosso redor pode ser uma experiência emocionante que nos faz vibrar.

Estamos numa relação mas presos a uma cadência diária de acontecimentos monótonos, onde a novidade não acontece muitas vezes, para não dizer que é nula, e ao começarmos a concentrar-nos em alguém que nos parece bem disposto, divertido faz-nos pensar que é extraordinário. Este alguém pode ser colega do escritório, do ginásio ou vizinho.

Gostamos do sorriso, da forma como se penteia, das suas roupas, e na nossa mente imaginamos o quanto agradável aquela pessoa será. Imaginamos que seria maravilhoso partilhar a nossa vida com aquela pessoa, que não existiriam gritos nem discussões, pois imaginamos a sua forma de estar muito semelhante à nossa, e que seriamos felizes. Começamos a alimentar uma paixão.

Rapidamente começamos a comparar a relação que temos com a que teríamos se tivéssemos com aquela pessoa. Temos a tendência de comparar desfavoravelmente os nossos companheiros àquela pessoa que nos parece mágica. Esta comparação remete-nos para a desilusão e em casa ficamos ainda mais irritados.

CONSULTAS A CASAIS E FAMÍLIAS

Mas existe algo que separa o nosso companheiro daquela pessoa que concebemos na nossa mente: o conhecimento. Nós conhecemos os nossos parceiros muito melhor, e quando conhecemos uma pessoa em toda a sua dimensão é fácil perceber que não existem pessoas perfeitas, existirão sempre momentos de divergência e de enfado.

Aqueles por quem se desenvolve essa paixão têm como trunfo o conhecimento limitado que se tem deles, que faz com que editemos a sua melhor versão com o auxilio da nossa imaginação. 

À medida que os conhecêssemos, sua natureza ideal desapareceria para ser substituída por formas de ser que em algumas ocasiões também nos deixariam irritados e aborrecidos, quando estivéssemos a partilhar a vida.

No momento da paixão apenas ainda não sabemos de que forma aquela pessoa nos vai incomodar ou perturbar. Não tinham que ser terríveis, mas certamente também não seriam um retrato fiel à maravilha por nós criada mentalmente.

Por isso será sempre injusto que comparemos a nossa vida de fantasia com a vida real que temos, com aquela pessoa que nos pode irritar em certas ocasiões e ser cansativa, porque isso acontece pelo conhecimento profundo que temos dela e da sua humanidade. Assim devemos condescender, e ser benevolentes nas nossas criticas e nas nossas exigências.

(artigo inspirado em materiais da School Of Life)

ALEXANDRA ALVAREZ I TERAPEUTA FAMILIAR E DE CASAL I CONTACTO: 911 846 427

Publicado por Academia Alexandra Alvarez I Terapia Familiar, de Casal, e de Grupo

Olá, sou Alexandra Alvarez, mãe de 5 filhos, terapeuta familiar, de casal e de grupo, formadora e supervisora. Faço consultas com famílias e casais para "fazer acontecer" relações positivas! Aqui treinamos relações. Uma nova oportunidade, para que todos sejam ouvidos e para que todos possam ouvir, numa perspetiva de entendimento e reforço de competências. " Family trainer " (inspiração no personal trainer), num modelo aproximado de coaching familiar, parental e de casal! Com paixão!

Deixe uma Resposta

Please log in using one of these methods to post your comment:

Logótipo da WordPress.com

Está a comentar usando a sua conta WordPress.com Terminar Sessão /  Alterar )

Facebook photo

Está a comentar usando a sua conta Facebook Terminar Sessão /  Alterar )

Connecting to %s

%d bloggers gostam disto: