O Xavier e a Arminda passam-me o seu cansaço e sentimento de desgosto pelo seu casamento de 34 anos. Relatam que o casamento se esgotou nos primeiros 7 anos, e assim, os restantes 27 anos foram por eles encomendados à Divina Providência. Como se nenhum deles conseguisse fazer algo mais pela sua relação, decidiram esperar.
Esperar? Sim esperar que algum de nós mudasse, que conseguíssemos…
E o que foram fazendo? Na realidade pouco, mantemos dúvidas e zangas há anos, que nem essas conseguimos esclarecer.
E como gostavam de estar agora? Como os casais “normais”: que conseguíssemos conversar, que tivéssemos atividades que ambos gostássemos, que nos acompanhássemos, que sentíssemos que cada um se preocupa com o outro…
Bem isso dos casais “normais” é difícil de pensar, porque a normalidade é o que é para cada um…
sim, mas a Dra. sabe, há sempre uma coordenadas, algo que nos orienta no conceito…
Xavier, Arminda…
mas vocês algum dia chegaram a ser um casal assim, assim com essa “normalidade”?(Risos)
Bem visto, se calhar não…Então como podem pensar que o vão ser agora? Estão a romantizar a vossa relação e isso é que vos esgota não?
O que vos impede de aceitar que o vosso casamento é assim? Com menos conversa, com menos coisas em comum, com mais desencontros, com menos intimidade…
Às vezes é necessário aceitar o que não conseguimos mudar, sob pena de estarmos sempre com expectativas que não se cumprem… e que atormentam…
Imaginem que aceitam que não têm um casamento desses que acham “normais”… como se sentem?
Aliviados! pelo menos não tínhamos que estar sempre a pensar no que não temos…
Ora aí está, então aproveitem o que têm, afinal ainda estão juntos, meso sem essa “normalidade”. Vivam a vossa! Da forma que melhor puderem…aceitando o que são e como são…
Alexandra Alvarez I Terapeuta Familiar I Contacto: 911 846 427