
A Margarida e o Raúl este ano têm tido uma experiência de vida familiar diferente. Desde que se separaram em fevereiro passado que se esqueceram que ainda são pais do Afonso e da Rita esqueceram porque deixaram de agir como pais e agem como rivais.
Este ano o dia 24 é passado com a mãe Margarida e o dia 25 com o pai Raúl. Ambos vão dar prendas aos filhos de 3 e 5 anos, ambos têm um quarto para os filhos em suas casas e de certeza que ambos lhes têm muito amor.
Mas…mas há coisas que não estão a conseguir gerir, e uma delas é serem de opinião que os brinquedos das crianças ficam na casa de quem os dá…e trazem este tema à consulta, interessante que embora tenham esta opinião, dado o choro da Rita e a birra do Afonso no ultimo domingo quando transitaram de casa da mãe para casa do pai porque tinham que deixar os brinquedos da casa do pai lá, que começas a ter dúvidas.
Por um lado defendem que no Natal, os presentes que os filhos receberem são da casa da mãe ou do pai consoante quem os deu, por outro não estão a conseguir que os filhos entendam isso…
Sorrio…e pergunto o que eles pensam…como pode uma criança entender que um brinquedo que é seu não pode ir com ela para onde quiser? E qual o significado disto? O que os motiva a defenderem esta ideia?
A zanga coloca menos razão nas decisões, age-se por emoção.
Os pais estão zangados e isso pode impedi-los de pensar com amor e cuidado.
Fazemos esta reflexão. Vão pensar…a Rita gosta muito da sua boneca bailarina que a avô paterna lhe deu, e o Afonso costuma dormir com o seu super herói…
O desafio é conseguir pensar com amor, porão-nos no lugar do outro, escutar a razão…
Este é o melhor “presente”, é estar “presente”, é viver o “presente”!
Alexandra Alvarez I Terapeuta Familiar e de Casal I Contacto: 911 846 427