Muitos pais vivem angustiados pela dificuldade em verem respeitadas as regras lá de casa pelos seus filhos. Procuram as minhas consultas porque em conjunto querem encontrar soluções que sirvam a todos.
Especialmente, na fase da adolescência, esse conflito consome muitas energias às famílias que ocupando-se destas questões sentem que perdem as forças e a sua capacidade de se fazerem respeitar.
– E quando sentem que isto começou?
– Pois, isso acentuou-se nos últimos dois anos, mas possivelmente já começou lá atrás, com pequenas coisas …
– E que regras são essas que sentem que não são respeitadas?

– De arrumação do seu quarto, de participarem nas atividades da vida diária, de uso do telemóvel a toda a hora, de horários…até podia dizer mais…
Esta impotência de não se fazerem ouvir cria então um conflito um mal estar geral, que a todos atinge.
O jovem porque não entende qual o “drama”, os pais porque já disseram milhões de vezes como esperam que as coisas acontecem e nada muda.
– Os meus pais estão sempre a implicar comigo, às vezes até parece que procuram as coisas más…eu não me recuso a fazer, mas acho que não tem que ser feito logo – é muitas vezes o que os filhos dizem em sessão.
Da minha experiência tenho sentido que além do desfasamento de expectativas entre o que os pais querem e o que os filhos priorizam, ainda há a questão da dimensão do tempo, do tempo de fazer e do tempo das coisas acontecerem.
O que eu costumo refletir é que de facto na imensidão de tarefas necessárias cumprir haverá umas mais importantes que outras. Definir em conjunto as que são fundamentais para o bem estar de todos será um ponto de partida, outras terão que entrar no campo das cedências, pois as pequenas arrelias só vão atrapalhar a relação. Ser permissivo em relação ao quarto dos filhos pode ser uma possibilidade, e não sê-lo em relação às áreas comuns.
Depois há os horários. Como foi comunicada a importância de determinadas coisas acontecerem num determinado horário? Falar sobre as implicações do não cumprimento pode ajudar a desenvolver a perceção da sua importância.
Escolher momentos em que todos estejam para falar destas desarmonias pode ser fundamental e fazer a diferença.
Veja como pode funcionar na sua família!
Alexandra Alvarez I Terapeuta Familiar I Agendamentos: 911 846 427