ELE: Saímos de casa já meio aborrecidos. Eu tinha estado a mandar mensagem e a publicar no Facebook e a Cristina queixou-se…estava a fazer as coisas todas sozinha. A miúda queria atenção e ela também esteve lá, mas a verdade é que eu também estava cansado. Fiz noite, cheguei às sete da manhã e às 12 levantei-me para ir com elas…mas não estava a 100%, pensei que ela percebia.
ELA: Sim, saímos de casa já amuados. Já sem falar, O Pedro esteve de turno, eu acordei 3 vezes durante a noite porque a Mariana chorava e só pelas 5h peguei no sono a sério. Como tínhamos ficado de ir aos meus pais e calculei que o Pedro estava cansado, às 9h, quando a miúda acordou, nem lhe disse nada e fui tratar dela sozinha.
Ele levantou-se às 11h30 e já estava tudo sob controle. Claro que eu penso que ele percebe que é altura de se chegar à frente, mas nada…e eu também não me apeteceu ter que dizer mais nada. Às vezes não apetece, é tão evidente.
ELE: Se estava a incomodar tanto porque é que ela não me disse? Começou a ter maus modos, a soprar pela casa e com indiretas e claro, percebi que a coisa estava a azedar…eu ainda cheguei a pensar que ela me estava a poupar, afinal não…era um teste… Ainda fui ter com ela a bem, dei-lhe um beijo e ela disse logo: Pedro agora não, estou em stress, vê é se fazes alguma coisa, já é tarde e nunca mais se sai de casa… daqui a nada já não vale a pena…
Mas qual era o stress? Se não estávamos às 13h nos meus sogros estávamos às 13h 30.
ELA: Ele sabe que quando vamos aos meus pais eles têm hora certa para comer. Se não estamos lá até às 13h fica tudo mal disposto. É o modo deles estarem. São mais velhos. Temos que respeitar. São mais velhos e a casa é deles , mas se nós não conseguimos tem que haver compreensão. Já andamos sempre a correr…que stress…afinal estávamos em lazer…
O Pedro não percebe que há horas, que a miúda também tem horas para comer…depois até parece que eu é que sou chata, implicativa…no fundo era só agilizarmos. Depois de lá chegarmos logo publicava o que queria, logo mandava mensagens…há que definir prioridades e perceber o que é importante…
ELE: Para mim o importante era que saíssemos de casa com sentimento de boa disposição. Com leveza, esperava que ela tomasse o café comigo, falávamos um bocadinho e depois lá íamos fazer o que era preciso, que eu acho que não era assim nada de especial, …mas não , tem que ser tudo na hora que ela entende e como ela entende…
Alexandra Alvarez I Terapeuta Familiar I Agendamentos: 911 846 427