Brincar é um ato espontâneo e necessário para criar segurança, aprender a ultrapassar dificuldades e desenvolver o espirito da descoberta e resiliência, é um apelo ao imaginário! Mas numa sociedade em que todos estamos muito ocupados os pais sentem que para serem bons pais têm que manter os seus filhos ocupados, a aprender algo, a desenvolver conhecimento.
Ouvimos muito dizer fui deixar o Tomás no judo, fui levar a Catarina ao ballet, o Fernando está na explicação e é raro ouvir dizer que fui deixar o Mário e a Joana a brincar.
Brincar não é uma atividade organizada, brincar é um tempo em que as crianças são deixadas à vontade, o tempo que quiserem e como lhes apetecer!
Ser melhor pai é entender as necessidades dos filhos crianças e não sentir que tem que decidir por eles sempre. É criar a possibilidade deste espaço de brincadeira e assumir que brincar é parte de ser criança, e não há que ter culpas por deixar que isso aconteça espontaneamente.
A brincadeira livre é muito enriquecedora e não são só as atividades organizadas que contam. A cultura nórdica tem este conceito mais apreendido e por isso é um conceito que se vive até nas escolas, onde supostamente as atividades são estruturadas.
E depois ainda há que considerar que deixar brincar é intervir o mínimo possível, não é estar sempre em sobressalto com o que ode acontecer, com a cabeça que se pode partir, a queda que pode ocorrer, a sujidade da roupa ou das mãos.
Vamos deixar as nossas crianças terem tempo para brincar!
Alexandra Alvarez I a sua terapeuta familiar I Contacto: 911 846 421