São tão convincentes e tão emotivos que quando dizem que são os únicos que ainda não sabem à noite, os únicos que não têm mesada, os únicos que não podem andar de metro sózinhos, os únicos que não têm uns ténis novos ou os únicos qualquer coisa os pais acreditam…e não só acreditam como se sentem mal, os piores pais do mundo e nem sabem como ficaram assim…
E muitas vezes, porque estão isolados na sua tarefa de educadores, sem contactarem outros pais com filhos com idades semelhantes, convencem-se que têm mesmo que alterar a sua forma de educar. Ou, ao contrário, conhecendo outros pais que têm um procedimento diferentes do seu acabam por se sentir pressionados a adaptar as suas opções, ainda que as mesmas lhes façam menos sentido.
De acordo com estudos sobre a mobilidade da criança portuguesa, nomeadamente o estudo “INDEPENDÊNCIA DE MOBILIDADE DAS CRIANÇAS PORTUGUESAS”, pela faculdade de Motricidade Humana, verifica-se uma diminuição da independência de mobilidade das crianças relativamente aos seus pais. Como exemplo refira-se que a geração dos pais refere ter começado a andar sozinha por volta dos 9 anos de idade, no entanto, de acordo com as crianças entrevistadas só por volta dos 12 anos essa a autorização é atualmente concedida às crianças.
Outro exemplo é o andar de bicicleta em estradas principais em que apenas 2.4% nos pais das crianças de 8 anos para 85.9 % nos pais das crianças de 15 anos.
Atualmente o tempo de qualidade pais /filhos é muito superior ao que existia há umas gerações atrás, e talvez por isso, o valor que é dado à segurança individual da criança e do jovem seja igualmente maior, no entanto, corre-se o risco de serem criados e educados futuros adultos pouco estimulados e curiosos.
O meio termo será a opção mais consensual, e quando a palavra de ordem fôr não, explique-a, dê sentido à sua opção, para que o seu filho a sinta como importante e não como dogmática.
Alexandra Alvarez I Terapeuta Familiar I Contacto: 911 846 427