A vida familiar imprime ritmos e rotinas que responsabilizam muito os adultos da casa, e de entre os adultos no geral, a mãe assume muito dessa responsabilidade, não vá ser julgada como má mãe, irresponsável, desorganizada. E parece que ainda é muito pior isso do que um mau pai, irresponsável, desorganizado e que possa ser julgado como mau pai.
Para a mãe, viver com esta possibilidade não é viável e, então, na sua maioria as mães concluem que não param, e estando em casal querem que o o seu par não pare também.
Mas como há uns que param mais do que outros, rapidamente se ouvem as mulheres e mães a “reclamar” presenças e tarefas, alguns homens e pais também, mas em menor número.
Assim, se ela chega primeiro o que chega a seguir sente que não esteve lá, que n\ao contribuiu, que está em falta, e aqueles pequenos stresses surgem. Se calhar até se pensa que para a próxima o melhor é chegar tarde mesmo, do estilo já todos jantaram e a cozinha já está arrumada.
Curiosamente, se o adulto vive em modo monoparental, e em especial com filhos a partir dos 10 anos, chegue a que hora chegue não vai ter ninguém a reclamar a antecipação da sua chegada, aliás, quando ele, adulto, começar a mobilizar os filhos, o que vai ouvir não é que chegou tarde mas antes que há tempo e não é preciso fazer tudo a correr.
E, de certa forma, este adulto, que pode ser mãe ou pai, acaba por não sentir que já está atrasado para uma série de coisas.
Os filhos são à mesma filhos, os relógios marcam as mesmas horas em todas as casas, as tarefas são as mesmas, mas parece que na segunda versão é permitido desacelerar…de repente as mesmas pessoas comportam-se de modo diferente porque a circunstância diferente é!
Que interessante…
Na sua opinião qual é a diferença?
Alexandra Alvarez I Terapeuta Familiar e de Casal I 911 846 427