Nas relações longas e duradouras a novidade na intimidade pode sentir-se como mais comprometida, é o casal de sempre, na relação de sempre, mas não é por isso que a relação deve ser considerada desinteressante ou sem atração.
Esther Perell, terapeuta na área da conjugalidade e relação sexual, defende que, sobretudo, nestas relações a intimidade deve ser planeada, agendada.
Isto porque é fácil entrar numa rotina em que o tempo para a intimidade fica invariavelmente adiado…passado para depois…
Mas tanto nestes, como na generalidade dos casais atuais, cada um não quer perder a sua individualidade, não quer perder identidade, quase que existe a noção de que as relações a dois, e o amar impede cada um de ser quem é, rouba espaço. A aventura com terceiros pode parecer atrativa, como modo de preservar o seu eu, o seu espaço,
mas na realidade talvez não seja (só) isso…
Muitas vezes esses envolvimentos são o sinal de que na relação algo não está a correr assim tão bem, no entanto, as questões da intimidade não são abordadas, por receio, por não se saberem abordar, por se pensar que podem ser adiáveis.
E quando a infidelidade surge, surge o confronto e evidencia-se o mal estar, e é neste momento que o desejo não correspondido, a insatisfação, o desencanto começa a ser abordado.
O tema não é fácil, e a perda de confiança que se instala pode ser difícil de recuperar…
Como fazer? Como recuperar a tal confiança? Aquele que foi traído consegue perdoar?
Como se poder tornar a “traição” um bilhete de ida para uma reconstrução do casal?
Alexandra Alvarez I Terapeuta de Casal I Contacto: 911 846 427