Eu sinto-me muito emocionada sempre que um casal procura a minha ajuda, o meu apoio na resolução daquilo que ambos sentem como uma fragilidade na sua união.
Infelizmente, a procura de ajuda pelos casais chega muitas vezes numa fase tardia, de grande sofrimento e mágoa, em que tentarmos falar de “arco íris ” até soa mal, porque a tristeza sente-se a léguas, a tristeza do que se perdeu, do que já não acontece, as saudades…
Seria ideal conseguirmos prevenir esta dor, mas muitas vezes o cenário do nosso trabalho é este…relações devastadas por uma mágoa continuada, com muita intensidade de coisas negativas, e uma sensação de se estar a dormir com o desconhecido.
A intimidade vem muito abalada, os tempos em comum são escassos e a comunicação que ainda existe é sobre assuntos domésticos e práticos, do dia a dia e sobre os filhos, quando estes existem…de resto já estamos no cada um por si—————————————
No entanto, muitas vezes sente-se a vontade de voltar a amar, de voltar a sentir, de reacender a chama, e é nessa vontade que nos vamos deter, pois é na vontade de reconstrução que ambos têm que vamos encontrar o sentido para o arco íris.
Vêm as memórias, as recordações, fala-se no que corre bem, nos que os mantém juntos, no que se criou, na família que têm…e estes recursos são fundamentais…
Sim, ele e ela não são os mesmos, o que os uniu precisa de reformulações, muito há para reacender, mas essa é a parte bonita da história, é ter a consciência que mudamos, e que a relação muda também, e muitas vezes é só adaptar novos ritmos, novos estares.
Não se criem distâncias irremediáveis com as zangas, deixem ser possível ver os arco -íris que acontecem por aí e por aqui!
Sim, as relações também precisam de ser treinadas e ir à balança e ter dietas apropriadas!
Alexandra Alvarez I a sua terapeuta familiar I 911 846 427