“Ir ao cabeleireiro… só consigo ir à hora de almoço, da mesma forma que temos esta entrevista à hora de almoço. Tenho que rentabilizar a hora de almoço. Mas aí prejudico o almoço e tem de ser uma sandezinha ou uma coisa mais rápida. Houve uma altura em que ainda tentei ir à ginástica mas tinha que ser às oito e meia da manhã. Entre as oito e meia e as nove. Acabava por interferir. Ao final do dia é para esquecer. Só consigo voltar a ter tempo para mim já depois das dez e meia, onze horas da noite. E aí tenta-se ler um livro ou ver um bocadinho de televisão. Às vezes não temos sucesso porque o sono chega primeiro e então já não se faz nada.
Francisca, 42 anos, biparental, filha com 12 anos, filho com 6 anos”, in Inquérito nacional aos usos do tempo de homens e mulheres
Em casa, nas tarefas domésticas, verifica-se que ainda existe alguma desigualdade entre homens e mulheres, quem o “diz” são os resultados do Inquérito Nacional dos Usos do Tempo de Homens e de Mulheres (INUT).
Entre os 15 e os 24 anos, as raparigas/mulheres trabalham mais 1h21 por dia comparativamente aos rapazes/homens. As tarefas domésticas e os cuidados a crianças, jovens ou adultos, em situação de dependência representam em média 4h23 por dia das primeiras. Nos homens as horas gastas com estas atividades correspondem a uma média de 2h38 diárias, ou seja, a cerca de metade do tempo.
É frequente que esta distribuição dos tempos do casal faça com que elas sintam que não têm tempo para si, para as suas coisas, e que quando param já caíram para o lado! Nas sessões de casal que faço esta insatisfação é muitas vezes manifesta:
“Ele diz que me ajuda Dra. mas o que eu pretendo não são ajudas, afinal as coisas são ou não são a dois? Se são, não é ajudas que eu quero, quero que em casa de dividam tarefas”. Cristina, 39 anos, mãe de 2 filhos, bancária e casada com Marco, 42 anos, economista.
Veja o vídeo, apesar de ser um anúncio a mensagem está lá!
Fica então a ideia de que ter tempo é essencial para que exista o tempo de casal, um tempo de qualidade!
Se sente que este problema era comum na sua casa e o ultrapassou partilhe a sua experiência connosco e ajude a que outros casais “leiam” a sua experiência.
Se este é um problema que afeta a vida lá de casa, partilhe também pois o mais certo é que outros casais o sintam também!
E não esqueça, nas sessões que faço de casal, a minha experiência faz-me acreditar que é possível mudar o trilho, mas é preciso fazer coisas. Não deixe que a falta de tempo tome o tempo da sua família!
Alexandra Alvarez I Terapeuta de casal I Contacto: 911 846 427