A ideia de que o amor tudo vence fez com que ele criasse a ilusão de que ela era aquela que ele procurava, ou então, com base na mesma ideia, ele queria ver nela outra pessoa e não entendeu os sinais.
Ele pensava que a sua namorada gostava de cozinhar, cuidar do marido, arrumar a casa, oriental o LAR, adotar a sua família de origem, mas não se apercebeu de que ela não era assim, nem queria tal ser.
“Afinal com quem namorei estes últimos sete anos?”
Não lhe reconhece espirito familiar nem solidário, revolta-se porque ela o iludiu dando-lhe a noção de ser uma “fada do lar”, compreensiva, amiga, e agora acha que é uma pessoa premeditada que o assusta.
Ela pode ter percebido mais cedo que ele não era o tal mas…ela tem uma mãe de Revista, com uma casa de Revista, com uma vida de Revista, a quem não quer nem pode dar a entender de que a sua vida não se encaixa na vida de Revista da mãe, por isso tem que seguir em frente e continuar, continuar a criar figurinos da tal Revista.
Sente-se sozinha, sozinha porque ele tem muitos compromissos, com a sua família de origem ela não os tem com a sua, mas também não os quer ter com a família dele. Já não fala com a cunhada e do pai considera ter um nível diferente.
E no Natal como o passam? Cada um com a sua família! Ai sim? E o que impede de se juntarem? São muito diferentes, há uma diferença de nível.
Ele nem quer acreditar no que ouve, mas sim foi o que ela disse!
Então o que os mantém juntos??? A CASA!!! Mas ele nem gosta da casa, é um homem do campo, precisa de espaço, para ela sim está boa, ela é citadina, incomoda-a a natureza, os bichos, os trabalhos do campo. Já só faltam alguns anos para poderem vender a casa. será que sobrevivem até lá?
– Do que vão ter pena de perder caso se separem? Ele porque gosta dela, embora tenha dúvidas sobre quem ela é. Ela tem pena de perder um homem, um bom homem que queria para pai dos seus filhos.
Ele sente um murro nos estômago…não quer ser pai agora, nesta altura de incertezas. Mas ela isso tanto lhe faz! Já foi ao médico, fez as análises necessárias e entregou-lhe as receitas de vitaminas e afins para ele comprar…
– Então e o que sentiu agora que o seu marido disse que não quer ser pai?
– Eu não digo nada, ele sabe que eu quero ficar grávida antes dos 30 anos, e já tenho 28 anos!!! Até foi ele que foi à farmácia comprar as vitaminas e os testes!!!
– O quê? Como te atreves? Pediste-me para ir à farmácia mas eu nem sabia ao que ia, disseste-me que ia levantar medicamentos de uma receita que já tinhas encomendado porque não estava disponível na farmácia no momento…Vou passar a dormir no quarto das visitas!!!
Alexandra Alvarez I Terapeuta Familiar, Parental e Conjugal