Hoje é o último artigo da 1ª edição da rubrica “Detesto Rotinas”, assim, repegando o tema de ontem, a propósito dos filhos (ver vídeo publicado dia 17/08/2016):
O casal enamorado faz transparecer o seu carinho e afeto não só pela cumplicidade que o une mas também pelo desejo de formar uma vida e ter descendência. A chegada dos filhos é motivo de alegria para os pais e para toda a família, avós, tios, sobrinhos, primos, pois uma criança é sinónimo de alegria, é um projeto de amor que se inicia.
A chegada dos filhos vem complementar a relação de casal, e assim, atribuir o papel de pais aos elementos do casal. Sendo uma fonte de felicidade, mas não a unica, assim, o papel de pais, ao ser complementar do papel de casal torna necessário que a conjugalidade continue a ser vivida e preservados momentos que alimentam a relação amorosa.
Os cuidados e a educação dos filhos, o assegurar do bem estar da família, as preocupações do quotidiano tendem a que os casais disponham de menos tempo para si, esqueçam a sua intimidade, o convívio com os seus amigos, as saídas e momentos a dois, situação que será de evitar.
As dúvidas que tanto avassalam os pais sobre o cumprimento escrupuloso do seu papel de educadores dos filhos devem ser minimizadas, pois a sensibilidade dá pistas sábias sobre os procedimentos mais adequados, pelo que devem ser encaradas com tranquilidade
Por vezes, perante os desafios e as contrariedades que têm ou deviam ser passadas aos filhos, os pais optam por ceder, receando não serem estimados ou não serem bons pais, mas na realidade, isso não aconteceria, pois as crianças necessitam dessa firmeza e orientação.
Às vezes sentimos que seria imperioso mudar mas não nos sentimos com forças, e adiamos a mudança: o deixar de permitir que a criança partilhe a cama do casal, o adiar a retirada da fralda, o atrasar adormecer sem luz acesa, a divisão de tarefas, o parar com as contendas diárias entre irmãos, e um sem número infindável de situações que geram desgaste e contaminam a harmonia.
Mas mude, mude sim:
é mais fácil recordar o casal que se amou a vida inteira porque namorava e mantinha a sua cumplicidade
e menos fácil recordar os pais que mantinham a casa impecavelmente limpa, ou que deixavam de ter noites tranquilas porque tinham que trocar de cama a meio, ou que viviam em função dos filhos até ao esgotamento, ou que …
As histórias de relações amorosas robustas e sustentadas por ambos tudo superam porque o casal estando envolvido e consonante passa a mensagem de fortaleza tão necessária à tranquilidade e segurança dos filhos, e nada será mais importante para a sua formação.
*AMEM-SE e APROVEITEM-SE desse amor, e contagiem os que estão à vossa volta*
Lembrete: há o casal e os pais dos filhos! (sim são os mesmos)
Para a semana a estreia da rubrica “Coisas que aborrecem”.
Alexandra Alvarez I Terapeuta Familiar, Parental e Conjugal