Não tenho a certeza, seria possível, mas não estou certo de ainda andar por cá quando completares as tuas 20 primaveras, pois poderá ser que eu tenha entrado num inverno rigoroso, mas porque acredito na magia dos 20 anos quero ter a certeza de que na altura própria me vais saber e sentir, como eu soube e senti o teu trisavô.
Amar é uma dúvida que se instala em Nós e se compromete com o nosso Ser, encontrar a pessoa perfeita pode tornar-se uma busca incessante, e por vezes, deixamos fugir outras escolhas, se nos tivéssemos permitido arriscar.
Alfredo, o teu trisavô, em tempo, quis que eu soubesse que não casou com a mulher que realmente amava, mas só o veio a descobrir já era casado com a tua tri Madalena, e já era pai do meu pai, ou seja do teu bisavô.
Voltou ao sol de S. Pedro de Moel, onde passou tantos verões, e encontrou de novo a Luisa, também ela casada e com duas filhas. Haviam namorado antes da Madalena agora dele, e do Pedro agora dela. Mas por arrufos que nenhum sabe explicar, e contactos que nenhum fez, e tentativas que ambos abandonaram e por esperas por eles desenhadas afastaram-se e preferiram pensar um do outro o que o outro pensava do um: não vale a pena! Não ia ter troco.
Um troco que pelos vistos teriam porque desde esse dia 2 de agosto nunca mais interromperam os contactos entre si. Cada um na sua vida, respeitando Madalenas e Pedros, mas com o sentimento e a chama da paixão um no outro.
Quero que arrisques, não deixes nada por dizer, não receeis um não, pois pior que um não é ficarmos sem saber que teria sido um sim só porque arriscámos.
A felicidade vale o risco!
Alexandra Alvarez I Terapeuta Familiar, Parental e Conjugal