Sabia que a distância entre a saída do metro e a portaria do meu trabalho seria percorrida em 4 mn, e 4 mn seria exatamente o tempo necessário para fazer a picagem da minha entrada ao serviço na hora exata.
Então, internamente, nessa altura, decidi voar e voei! Voei para chegar a tempo, mas contra todas as minhas previsões não consegui. Havia um factor externo que eu desconhecia e por isso não controlava: o relógio de ponto estava adiantado 3mn…
Eu já sabia, tu já sabias, ele já sabia, nós todos já sabiamos e sabemos que nem tudo depende de nós.
De nós depende a decisão, a atitude, o querer e a vontade, mas estar são aspetos internos e intrínsecos à nossa pessoa, no entanto, para além destes existem inúmeros fatores externos que não dependem de nós e que não conseguimos, não podemos e nem devemos controlar.
Não conseguimos e não podemos porque existem independentes de nós e não devemos porque às vezes até nos são mais favoráveis do que aqueles que possuímos em nós?
Quantas vezes já lhe aconteceu focar-se num sentido, num objetivo, numa meta e não conseguir atingir os resultados esperados e perguntar-se porquê? Sim porquê? estou a dar o meu máximo, porque não acontece nada?!?
Não acontece porque há os tais, aqueles tais fatores externos que nos escapam. E se uma vezes nos causam angústia e emoções negativas, outras revelam-se autênticas surpresas porque mais à frente no tempo acontecem coisas muito melhores do que aquelas que inicialmente havíamos planeado e desejados para nós.
De qualquer forma voe, voe sempre para chegar a tempo àquilo quem que acredita, mesmo que não aconteça nada pelo menos não foi porque não foi resiliente, não foi porque não esteve lá!
Vai aceitar este desafio de voar?
Alexandra Alvarez I Terapeuta Familiar