Sermos pais permite-nos revisitar a nossa própria infância, recordando-nos de situações por nós vividas, sobretudo na relação com os nossos pais e, que hoje, à distância de décadas, ganham um novo significado.
É frequente que os pais se sintam desgastados pelos desafios diários impostos pelas suas crianças, umas vezes porque teimam em ter razão, outras porque nos apresentam uma agenda a cumprir com festas de anos, visita de estudos, pedidos para quebrar rotinas, entre outros . É como nos sentissemos sem espaço para pensar sobre os assuntos.
Duas opções nos surgem :
Queremos ser agradáveis aos nossos filhos e a primeira tendência é dizer sim, sim a tudo. E só mais tarde, no romper dos acontecimentos, nos apercebemos que na mesma semana há uma visita de estudo, uma ida a casa de um amigo, uma nota negativa, a ida à ginástica, o almoço refeitório e uma entrada mais cedo na escola;
Ou
Nem queremos ouvir, e dizemos a tudo que não, com medo de dizer um sim inoportuno.
Analisando ambas as situações: viremo-nos do avesso!
Coloquemo-nos na posição dos filhos: os próprios não esperam ouvir sim a tudo, pois contam connosco para estabelecer regras e limites! Alías, há muitos pedidos que eles já esperam ser chumbados, e se não o são até soa a estranho, daí a importância do não. Um não pedagógico, explicado, sentido, e não um Não autoritário porque simplesmente não.
Mas atenção, sempre Não, também não. Os Sim são importantes no reforço da autoestima e da confiança que temos nos nossos filhos. O Sim faz parte da vida e é bom e importante recebê-lo.
Sermos pais exige que nos viremos do avesso, bora lá!!! E do avesso tudo vai correr melhor!
Alexandra Alvarez I Terapeuta Familiar