“Estivemos em consulta porque não estamos a conseguir lidar com a fase em que se encontra o nosso filho de 16 anos. Muitas vezes não dorme em casa, nem telefona a dizer onde fica a passar a noite, não faz as refeições connosco à mesa. São muitas as vezes que não dormimos à espera de ouvi-lo chegar, ou de ouvir o telefone tocar. Frequentemente quando nos sentamos ele despede-se e sai. Recentemente fomos chamados ao liceu e foi-nos comunicado que ele vai à escola mas não vai às aulas. Enfim, tanto eu como a minha mulher estamos muito aflitos.”
Perante esta descrição foi perguntado ao jovem se ele sabia que as suas atitudes causavam este impacto nos seus pais.
O jovem responde que não, não fazia a mínima ideia porque os pais também nunca lhe telefonaram a perguntar onde estava e quando começavam as refeições também já não o chamavam para a mesa, só ao irmão.
Quando escutei o que uns e outros diziam senti que se havia instalado um certo desencontro, ou seja, os pais não telefonavam porque esta seria uma obrigação do filho, o filho não telefonava porque achava que se os pais se preocupavam deviam telefonar. À hora das refeições os pais cansaram-se de diariamente terem que chamar o filho, e o filho deixando de ser chamado também deixou de aparecer à mesa.
O filho esperava a insistência dos pais, como se esta funcionasse como um sinal da sua preocupação por ele, os pais começaram a desistir pelo cansaço que a situação lhes causava.
São questões pequenas que fazem a diferença. Desencontros que por vezes só em espaços neutros e com figuras fora da família, como é o caso da terapeuta familiar, se conseguem conversar e sentir.
Insistir ou desitir? Não desistam nunca, nem uns, nem outros, e a ajuda especializada pode ser fundamental.
Alexandra Alvarez I Terapeuta Familiar, Parental e Conjugal
Consultas de 2ª a sábado após as 17h nos dias úteis, e manhãs de sábado. Faça o seu agendamento pelo TM 911 846 427. Clinica Biuti, em Alvalade.
Terapia Familiar e de Casal - Alexandra Alvarez 
Um caso mt frequente nas famílias. Quando nós pais, não conseguimos resolver, porque não consultar uma terapeuta familiar, que nos possa ajudar?
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