Muitos são os que receiam decidir e assumir as “consequências” das suas decisões. Uns fazem-nos porque querem agradar aos outros, outros fazem-no porque decidir não decidir se torna cómodo. Entre ser o timoneiro do barco ou o passageiro, há sempre os que decidem ser passageiros, ainda que se arrisquem viver turbulências suscitadas pela sua não decisão.
O poder do “se calhar” dá-nos a oportunidade de nunca termos que decidir.
Mas o não decidir já encerra em si mesmo uma decisão, a decisão de não decidir!
Em família a decisão é importante e tem que existir, o não decidir implica que quem decidiu não decidir se sujeite à decisão dos outros e no fundo todos temos uma escolha que preferimos mais do que outra. Se assim é, se não decide para não criar conflito ou por comodidade acredite que deve decidir pois em família, ou em grupo, não deve ser sempre o mesmo a abdicar das suas convicções, os outros também contam com a sua palavra.
Os que decidem não decidir para sua própria salvaguarda são os tais passageiros. Quando tomamos decisões não conhecemos o seu desfecho mas sabemos que há decisões que tomamos que são boas e há aquelas que aparentemente não nos pareceram tão acertadas.
Os que decidem não decidir com este pano de fundo fazem-no por comodidade: se a decisão der resultados compensadores, aliam-se aos restantes, se ao contrário, a decisão não produziu o impacto esperado os que decidem não decidir retiram-se da escolha e advertem que sempre tiveram dúvidas por isso mesmo.
A decisão faz parte da vida. Tivemos que decidir ontem, vamos ter que decidir hoje e amanhã continuaremos a decidir.
Decida-se, os outros esperam e aguardam pela sua decisão para que se gere um sentimento de consistência, robustez e firmeza!
Os seus medos e receios com as decisões que toma não o podem paralisar, pois no fundo todos possuem medos e receios, mas que decide decidir já percebeu que são as decisões que geram mudança e que decidir é imprescindível, é um compromisso com vida, com os outros e com uma vida mais consentânea.
Alexandra Alvarez I Terapeuta Familiar, Parental e Conjugal
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