Este Banco faz parte de mim… tinha 11 anos quando aqui comecei como estafeta, mas eu sabia, naquela altura, que eu não seria o estafeta por muito tempo, apenas o seria pelo tempo necessário. O tempo necessário para expirar toda a minha vontade de vencer e inspirar todas as oportunidades que se intrometessem no meu caminho!
Sim é possível, é possível sermos aquilo com que sonhamos, por mais ousado que o nosso sonho possa parecer, sobretudo possa parecer a nós próprios, não porque duvidemos de nós mas porque receamos as dúvidas dos outros. Os outros são aqueles que nos rodeiam, que nos sabem dilacerar os sonhos, amargar as conquistas e apontar as opções erróneas. E são esses outros, que não tendo capacidade para avançarem por si, também não querem que ninguém avance por eles.
Ainda bem que acreditei em mim e sem delongas, não quereria jamais labutar para subsistir, mas criar para viver.
O meu jubileu encerra com o propósito que trazia no 1º dia: o propósito do arauto que traria sempre a boa nova, despindo o seu uniforme secular, barganhando-o pelo fato inteiro, com colete e gravata da mesma matiz, coincidente com o cargo de diretor desta filial.
Quando subia a Calçada dos Barbadinhos, deixando o Tejo nas costas do fato delicadamente engomado pela minha senhora, engrandecia de imodéstia. Sim afinal dos da minha criação só eu tive a visão.
Meus caros, a minha retirada tem o propósito de me deleitar nos anos que Nosso Senhor me aprouver, junto dos meus, mas nunca esquecendo que cada um de vós também foi meu, e meu continuará a ser.
Escrupulosamente baixo as mangas da camisa, com pensamentos delirantes que espero vos contagiem.
Fiem-se naquilo que sonham serem capazes, flagrem-se e deixem-se assombrar pois “dos fracos não reza a história”.
Alexandra Alvarez I Terapeuta Familiar, Parental e Conjugal
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